Estudos recentes de linguistas indicam que os jovens entre os 12 e 18 anos usam a Língua Portuguesa de forma pragmática e recorrem apenas a cerca de 1500 palavras para se expressarem. Um aluno no final do Ensino Secundário, a entrar para a Universidade trabalha no seu dia-a-dia com este vocabulário reduzido. Ora, para ler os livros de Eça de Queiroz, é necessário dominar 20.000 a 30.000 palavras e, para ler José Saramago e Lobo Antunes, é necessário dominar mais. Estamos perante um enorme desfasamento de vocabulário, que traduz um problema não apenas de ordem quantitativa mas também de estrutura mental (…). Isto significa que quem se torna leitor de jornais aos 20 anos não consegue entender a maior parte dos textos.
A leitura de obras obrigatórias na escola, apesar do carácter aparentemente sacrificador, têm um efeito altamente disciplinador da memória, do conhecimento, da história, da estrutura das narrativas...
O descuido deste exercício prejudica a compreensão, fundamental em todas as áreas, nomeadamente na Matemática. O facto de a educação se ter, desde há 15 ou 20 anos, aligeirado, infantilizado, tornando-se cada vez mais simples, tem implicações no nível lexical, semântico e conceptual dos portugueses.
Posted by Helena Damião
Para ler o artigo inicial http://dererummundi.blogspot.com/2010/07/1500-palavras.html
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