sexta-feira, 22 de junho de 2012

O que é que isso interessa? Não sai no exame. Por Daniel Oliveira em Expresso online


Num país com baixos índices de escolarização e altos níveis de iliteracia, os pais tendem a confundir a preparação, a cultura e o conhecimento dos seus filhos com as notas que eles têm em exames. Este "conhecidómetro" instantâneo transformou-se no alfa e no ómega do nosso sistema educativo. Pouco interessa o que realmente se aprende na escola e qual a utilidade do que se aprende para o desenvolvimento intelectual, cultural, técnico e emocional (desculpem, "emocional" não, que é "eduquês") da criança (desculpem, "criança" não, que é "piegas") e do adolescente. A escola tem apenas uma função: preparar para os examesA.
Um pai um pouco mais exigente, que tente acompanhar os estudos do seu filho, depara-se sempre com a mesma avassaladora e pragmática resposta: "pai, isso não me interessa, não sai no teste"; "mãe, não é assim que está no livro". A nossa escola promove duas coisas: a completa ausência de sentido crítico e a capacidade de memorização. Não desprezo a segunda, muitíssimo longe disso. Mas, se não me levarem a mal, não chega.
Na escola portuguesa também se despreza cada vez mais a capacidade de desenvolver projetos, em grupo ou individualmente, promove-se pouco o desejo de ir mais longe do que é debitado nas aulas e dá-se muito pouco valor à expressão oral. Depois de centenas de exames, um aluno com excelentes notas pode acabar a escola sem saber desenvolver oralmente uma ideia e sem conseguir argumentar num debate. Porque o essencial da avaliação é feita através de provas escritas, sem consulta, e iguais para todos.
Compreende-se esta opção: é aquela que melhor serve o raciocínio do burocrata. E para o burocrata a exigência não se mede por o gosto por aprender (ui, o que eu fui escrever!) e pelo desenvolvimento de capacidades que são forçosamente diferentes, de pessoa para pessoa. O burocrata abomina, pela sua natureza, as variações que lhe estragam os gráficos.
Os testes e exames não servem para avaliar o que se aprendeu nas aulas e fora delas, as aulas é que servem para os alunos se prepararem para os testes e exames. E avaliados de uma forma que, com raríssimas exceções, nunca mais vão voltar a experimentar na sua vida. Nunca mais, em toda a minha vida, me tive de sentar numa secretária e despejar por escrito o que, como a esmagadora maioria dos alunos, tinha decorado uns dias antes.
O ministro Nuno Crato passa por um reformador. Porque alguém meteu na cabeça das pessoas que há uma qualquer relação entre a "escola moderna" (um movimento pedagógico considerado libertário) e as práticas e teorias em vigor nas escolas públicas e no Ministério da Educação. Na realidade, a escola sonhada por Nuno Crato é muito próxima da escola que realmente temos. Ele apenas decidiu agravar todos os seus vícios: a "examinite" aguda, o domínio absoluto do que a gíria estudantil chama de "encornanço" e o predomínio burocrático da avaliação como princípio e fim das funções do ensino. Lamentavelmente, como poderemos ver comparando o nosso sistema educativo com os melhores da Europa - o finlandês, por exemplo, que tem os melhores resultados no mundo apenas tem, que eu saiba, um exame no fim do ensino secundário -, este sistema não prepara profissionais competentes, pessoas interessadas e cidadãos conscientes. Este sistema burocrático, pensado por burocratas, apenas forma excelentes burocratas.
Nuno Crato já tinha criado os exames no final do 2º ciclo e, absoluta originalidade em toda a Europa, no final do 1º ciclo. Promete agora a introdução de mais exames nacionais, no final de cada ciclo, em mais disciplinas. Não tenho a menor dúvida que a medida é popular. Popular entre muitos pais, que podem ver as capacidades dos seus filhos traduzidas em números, sem terem de acompanhar o que eles realmente sabem. Popular entre muitos professores com menos imaginação que têm assim metas bem definidas, sem a maçada de trabalhar com a singularidade de cada aluno.
A escola, como uma fábrica de salsichas, é o sonho do ministro contabilista, do professor sem vocação e do pai sem paciência. Não vale a pena é enganar as pessoas: não se traduz em qualquer tipo de "exigência" (uma palavra com poderes mágicos, capaz de, só por ser dita, transformar a EB 2 3 de Alguidares de Baixo no Winchester College) nem em mais qualificação profissional e humana dos jovens portugueses. Os países que conseguiram dar à Escola Pública essa capacidade seguiram o caminho oposto. Aquele que Nuno Crato abomina.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-que-e-que-isso-interessa-nao-sai-no-exame=f734008#ixzz1yYFZSlk3

terça-feira, 12 de junho de 2012

Despacho normativo n.º 13-A/2012 de 5 de Junho - Organização dos horários dos professores

Educação Física - O princípio do Fim por APPEFIS


Colegas,

É com profunda preocupação que transmitimos a seguinte informação:

Hoje, em Coimbra, numa reunião tida com as Direções das escolas, a propósito do despacho sobe a organização do ano letivo, o Diretor Geral de Educação e a adjunta do Ministro reafirmou, verbal e formalmente, a intenção do Ministério de Educação em terminar com a classificação da disciplina de Educação Física para o cálculo da média final dos alunos no ensino secundário.


Acrescentando esta medida com a já divulgada alteração das matrizes curriculares, onde a disciplina de Educação Física poderá passar, segundo o critério da Direção da Escola, de 180 minutos para 150 minutos, concretiza-se o maior «ataque» institucional dos últimos vinte anos a esta disciplina bem como a todos os pais e jovens que nos últimos anos têm investido na sua formação.

Nenhum argumento foi, é, nem poderia ser apresentado para implementação de tais medidas! Nem económica, nem científica, nem pedagógica, nem cultural.

As consequências diretas (nas atividades curriculares e extra-curriculares) e indiretas (nos Clubes, nas Federações, associações desportivas) de tais medidas são inimagináveis e incalculáveis.

Uma vez mais reiteramos que os colegas reúnam nas Escolas e elaborem uma tomada de posição fundamentada contra estas medidas e qua a dirijam, por escrito, para:

Gabinete Ministro da Educação, Dr Nuno Crato
Av. 5 de Outubro, nº107
1069-018 Lisboa



A DIRECÇÃO DA APPEFIS

PS ainda esta semana procederemos ao convite de todos os colegas para um encontro a realizar em Coimbra para debatermos esta situação. Esteja atento, divulgue e mobilize!

Recebido por e-mail

segunda-feira, 11 de junho de 2012

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Estádios para o Mundial Qatar'2022



 SIMPLESMENTE ESPECTACULAR...!!


Projeto do Al-Khor visto de cima impressiona pelo grandiosidade e ampla área externa de estacionamento
 

Arena Al-Rayyan será projetada para ter uma fachada externa de mídia,
que prevê visualizações de notícias, anúncios e demais informações sobre desportos em tempo real

 

Al Gharafa Stadium terá fachada composta por cores das bandeiras de todos os países
participantes da Copa de 2022 para simbolizar união entre futebol, amizade, respeito e compreensão

 

Al-Shamal Stadium será erguido em forma que homenageia os tradicionais "dhow",
que são barcos de pesca locais do Golfo Pérsico


Desenvolvido com base na tradicional arquitetura árabe, o Sports City Stadium é bem localizado e quer ser palco de importância no Mundial de 2022

 

O Umm Slal Stadium leva conceito arquitectónico moderno, inspirado nas belas fortalezas antigas da região.
Do lado de fora, força das luzes também promete ser atração para turistas

 

O Doha Port Stadium tem uma das vistas mais bonitas entre os projetos do país e faz referência à sua localização, sendo projeto em forma de um animal marinho.

 

Vista aérea do Catar University Stadium, projectado próximo a área residencial



Complexo que cerca projeto do Al-Wakrah Stadium será um dos principais do projecto do Catar para receber o Mundial de futebol.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Patins - 1923


Escândalo no Euro 2012


O diário espanhol quis perceber quanto é que as várias selecções em competição vão gastar com o alojamento, e o resultado acabou por ser surpreendente se tivermos em consideração as constantes medidas de austeridade que têm vindo a ser aplicadas em Portugal.
Assim, a selecção nacional vai gastar cerca de 33 mil euros por dia e ocupa o primeiro lugar da tabela. Já a selecção espanhola vai ser a que menos vai gastar em hotéis, 4.700 por dia. A Rússia é a segunda selecção a gastar mais com 30.400 euros diários.

Selecção e custo de hotel:
1. Portugal – Opalenica 33.174 euros
2. Rússia – Varsovia 30.400 euros
3. Polónia – Varsovia 24.000 euros
4. Irlanda – Sopot 23.000 euros
5. Alemanha – Gdansk 22.500 euros
6. Rep. Checa – Wroclaw 22.200 euros
7. Inglaterra – Cracóvia 19.000 euros
8. Holanda – Cracovia 16.200 euros
9. Italia – Wieliczka 10.500 euros
10. Croácia – Warka 8.300 euros
11. Dinamarca – Kolobrzeg 7.700 euros
12. Espanha – Gniewino 4.700 euros

Parcerias Público Privadas Auditoria Tribunal de Contas Ruinosas e Análise José Gomes Ferreira